Pesquisar este blog

sábado, 17 de maio de 2008

vingança

I

ciumento converso com o vento
e espalho a minha peçonha
o vento, amigo de um tempo,
vislumbra a vida à toa.

II

depressa disponho biruta
tentativa pra quem não dá sopa
suspendo Pandora ao relento
caixa, peneira, vassoura

Numa tarde não tão clara, diante de um vidro quase translúcido, pensando num arremate não bárbaro e coçando disfarçadamente a perna ou O pulo do gato

O gato pintado, cinzento
esvoaça pela rua tristonha.
O azul empoleirado no vento
colore a canção que destoa.

A chuva cai perpendicular e leve
sem tempo a água rabugenta
escoa, o dia segue firme
na janela, saudade adoece,
os olhos de outra pessoa

segunda-feira, 5 de maio de 2008

You must have fallen from the sky

O buraco na parede
era um céu avermelhado.
Nele estava a marca
da esperança que um
prego não agüentou.
Como o sol vermelho
ele deixou sua marca,
responsabilidade
que se precipitou.
O céu de hoje é o
retrato de amanhã
que cai, o vidro
vai pro cesto reciclável,
a foto pra caixa
de onde um dia-promessa
ela se destacou.