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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Crônica de uma confissão gripada

As vezes eu me irrito,
me irrito e não me entendo,
É uma força brava de antipatia
que sacode a gente por dentro.
O motivo é meio misterioso
- como o da dor de dente.
O arrepio indolente, ao contrário,
atinge, por força, as extremidades.
E nada mais me põe à vontade
E tudo me coloca doente.

No fundo da alma se ouriça
a sinceridade
- essa força de gente inocente.
Porém toda pintada de maldade,
surge com um furor incongruente.

Feita arma tal habilidade
- conversão de esponja em tridente -
naturalmente explode. 
Não é diferente do saco
em que, indiferente, se sopra o ar.
E já não há mais saco pra soprar.

Um comentário:

Guilherme Mariano disse...

Eu gostei bastante.
Não sei se são as aulas que você anda dando ou quais leituras, mas sua poesia parece estar com um ar de outrora, como uma espécie de memória que eu estou achando muito bacana. E as sonoridades dos poemas estão bem boas. =D