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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Febre

Anseio por acender um cigarro
Mesmo que eu não vá gostar
Mesmo sentindo na garganta
Uma  precognição do pigarro

É que por diversas vezes
Na calada da noite me assombram
As lembranças de quem fui e serei
E a visita me provoca instâncias loucas

Como noite de Folia de Reis
Eu sento na beirada da cama
e busco uma fonte de calor
Uma fonte de fumaça e amor

Pois mesmo não gostando
E mesmo com este vermelho sangue
De noite, sempre me vem
essa vontade louca de me matar

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Carinho na língua dos outros é refresco

De tanto escutar gente enchendo o saco,
corretores de word que a língua não sentem,
decidi escrever esse epitáfio, simples,
- para desaprovação! - como toda gente.
Seje ele um texto desajeitado, capenga ou doente
concerteza esteje encomodando a sensibilidade dos escrevente.
Há quem diga que o nariz arrebitado
deixa que a poeira entre, mas se é qualificado
espirra com virilidade e espírito detergente.
Pra mim comprar essa ideia faltam tostões e vontade
os primeiros pagam o pão com mortandela
o segundo manteu a tal da liberdade.
Não desejo mal a ninguém, quero que todos estejem
disso despreocupados, mas se ir pede a preposição
melhor é dar esmola pros necessitados.
Se a boa comunicação salva nóis
acho que ansim você me intende
afinal para escrever não é preciso pós
basta papel e lápis apontado,
já diziam Linspector e Abreu:
"Se for pra fazer, que seja errado".