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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Febre

Anseio por acender um cigarro
Mesmo que eu não vá gostar
Mesmo sentindo na garganta
Uma  precognição do pigarro

É que por diversas vezes
Na calada da noite me assombram
As lembranças de quem fui e serei
E a visita me provoca instâncias loucas

Como noite de Folia de Reis
Eu sento na beirada da cama
e busco uma fonte de calor
Uma fonte de fumaça e amor

Pois mesmo não gostando
E mesmo com este vermelho sangue
De noite, sempre me vem
essa vontade louca de me matar

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

Achei engraçado, não o texto, mas os meus sentimentos em relação a ele. Acho que porque gostei do arcabouço, da "ideia", mas achei que o tom mais "chão", mais "confessional" podia estar mais impregnado da "febre", das "instâncias loucas", como imagens, sei lá...
abraço!