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sábado, 29 de novembro de 2008

Poema concreto*

Este é um poema abstrato.
Coitado! não tem tijolos, nem cimento,
não tem polvilho, nem fermento,
não tem receita, nem extrato.

Talvez tenha palavras, mas
palavras? Mentiras adequadas
versinhos em privadas
abstinência em conventos

* para ler em círculo

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

esse poema é bem forte fer, crítico da sua maneira e com um senso de humor ótimo. ácido e inteligente. eu acho que não falta nada não, e o comentário no final ficou mto melhor. para ler em círculo do que para ler como marchinha.

Letícia Tomazella disse...

as palavras acham q sao alguma coisa, coitadas... mal sabem elas quem sou eu por dentro nesse buraco branco.
Ler em círculo? Ciranda áspera. É vc, uma ciranda áspera: doce e objetivo.

Lindo poema, Fer. Q forte...
bjos

Guilherme Mariano disse...

Reli o poema, adoro o a possibilidade circular de leitura, de cima à baixo, de baixo à cima e o som e a rima, mantêm-se no poema