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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vinum veritas est?

Os poemas para o cânone
são como o vinho para um conoisseur.

Quando jovens são
por demasiado
incompletos

Falta a consistência do selo de garantia.

Quando velhos
exilados em seus barris de carvalho

amadurecidos pelos anos
são néctar
ambrosia
provada em cristal.

Mas a incerteza é a mãe
da pergunta infiel:

Qual é a medida da idade
para um gordo conosseiur
que não quer tomar sangria
não se engasgar com vinagre?

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

Postei ele aqui também, mais pra preencher um vazio nas minhas postagens do que por qualquer outro motivo. Gostaram do visual?

Fernando Cordeiro disse...

Oi Gui,
gostei mais desse visual do que do outro...
Já comentei no outro blog, mas vou comentar de novo! Achei que a estrofe final tem a sua virulência antiga...

Fernando Cordeiro disse...

Lembrei qual poema seu ele me lembra, o do avestruz e da ema (que eu acho um dos mais legais e fortes dos seus), mas não era isso que eu ia falar... Tava vendo como tem esse negócio de reflexão sobre a escrita e coisa e tal parece que vem dominando... acho que a gente tá ficando velho hehehehe