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domingo, 28 de novembro de 2010

Outro velho

"como manteiga que foi espalhada num pedaço muito grande de pão"
Bilbo Baggins
Eu estou cansado...
há uma âncora em minha alma.
Além de me manter parado, pesa,
me segura focado em meus erros.

Disfarço, pesa a máscara também,
um oceano sobre os ombros
sempre me afogo, tática terrorista,
Sou um homem-bomba, sem missão,

Sem objetivo, minha via-crúcis
é uma estrada, de caminhões lotada
e plana, vejo-a como o horizonte
embaçado, em ebulição.

Um horizonte eterno e maçante,
de sem esperanças esperançoso se estica
se esvai, mergulho no torpor
tudo parece lento, surdo, patético...

4 comentários:

Guilherme Mariano disse...

Longo como a vida e pesado como a pedra. Gostei da epígrafe, ela se mescla ao poema passando esse sentimento de tédio. A idéia de que a própria máscara que usamos na vida pesa é excelente. Entretanto, esse poema não parece tanto com você, é deprimido demais, você normalmente é mais sarcástico. O emo do grupo sou eu.

^^

Fernando Cordeiro disse...

hehehehehe

Letícia Tomazella disse...

Deprimido e quase engraçado. Já leu a peça Mockimpó, do Peter Weiss?? É como um "rir pra nao chorar"... Rs! Adorei, Fer!

Fernando Cordeiro disse...

Minhas leituras de peças conseguem ficar aquém das minhas outras leituras que já são poucas...