A palavra se esqueceu de mim
talvez tenha se tornado fria
numa dessas viradas da vida
às esquerdas
Andei sozinho pelo branco do dia
numa solidão de pedra ao sol
nem o piar de pássaros azuis
nesse sertão
Pelo caminho reto fui distraído
das curvas e das montanhas
composições rítmicas no asfalto
retalhos
E joguei uma noite perdida
em um mundo quente pelos meus sentimentos
carmins em tinta de pós-parto
um dado.
Encontro em uma música apagada
as cores do meu universo cansado
sangrando nos umbrais do cosmos
escrevo.
O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
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domingo, 23 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Bois que derrubam cerca
De ferrões em brasa e instinto
malcriado a muriçoca se excita
e belisca o possante gado.
Como uma mãe que em riste
percebe o filho acossado, o boi
de um salto se expande
correndo desesperado.
Se pimenta nos olhos dos outros
é refresco, não sei, mas a bebida
deixa todos ouriçados, com espanto,
a massa homogênea estilhaça
antes boi sossegado.
Unidos por berrante
e boiadeiros bem asseados,
agora, enxame de abelhas,
açoitam e não olham pro lado.
malcriado a muriçoca se excita
e belisca o possante gado.
Como uma mãe que em riste
percebe o filho acossado, o boi
de um salto se expande
correndo desesperado.
Se pimenta nos olhos dos outros
é refresco, não sei, mas a bebida
deixa todos ouriçados, com espanto,
a massa homogênea estilhaça
antes boi sossegado.
Unidos por berrante
e boiadeiros bem asseados,
agora, enxame de abelhas,
açoitam e não olham pro lado.
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