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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Bois que derrubam cerca

De ferrões em brasa e instinto
malcriado a muriçoca se excita
e belisca o possante gado.
Como uma mãe que em riste
percebe o filho acossado, o boi
de um salto se expande
correndo desesperado.
Se pimenta nos olhos dos outros
é refresco, não sei, mas a bebida
deixa todos ouriçados, com espanto,
a massa homogênea estilhaça
antes boi sossegado.
Unidos por berrante
e boiadeiros bem asseados,
agora, enxame de abelhas,
açoitam e não olham pro lado.

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

Gostei. Achei bem legal em relação com o contexto atual. Preciso reler depois pra comentar a estrutura. Acho que a repetição de ouriçados me incomodou na composição.

Fernando Cordeiro disse...

onde?

Guilherme Mariano disse...

Ignora, reli o poema. Eu tinha lido errado e com pressa da primeira vez. Li direito agora. Gostei desse, achei uma alegoria bem feita com o contexto. Gostei do uso que você fez com a alternância da sonoridade.