No peito um aperto...
tento arrancar os cabelos,
cravar as unhas no cenho
Mas retenho o medo...
O choro que desejo
verdareimente não vem,
por isso cravo em tua retina
esta agulha. E enfim, choro.
O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
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quinta-feira, 19 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
exercício 4
sois fermosa e tudo tendes,
senão que tendes olhos verdes.
os olhos astutos a tudo notam,
vestuário, jeito, tamanho, forma
as maneiras, antes educadas,
à língua sobejo consentem...
Movimentos espasmódicos
os detalhes permitem verdes.
Sois formosa e tudo tendes.
Tudo tendes e nada vos falta
ainda assim os olhos distendes
A alegria alheia todavia ressalta,
algures, os campos sempre mais verdes.
Ligeira contração dos olhos depreendem,
de chamas se enchem novamente.
Senão que tendes olhos verdes.
Olhos verdes manhosos de outrora,
- máscara que à vista estendes,
produto de engenharia metódica,
labirinto que a tudo devora,
alheamento que a atenção desmente, -
mágicos por um par de horas,
o resto da vida doente.
senão que tendes olhos verdes.
os olhos astutos a tudo notam,
vestuário, jeito, tamanho, forma
as maneiras, antes educadas,
à língua sobejo consentem...
Movimentos espasmódicos
os detalhes permitem verdes.
Sois formosa e tudo tendes.
Tudo tendes e nada vos falta
ainda assim os olhos distendes
A alegria alheia todavia ressalta,
algures, os campos sempre mais verdes.
Ligeira contração dos olhos depreendem,
de chamas se enchem novamente.
Senão que tendes olhos verdes.
Olhos verdes manhosos de outrora,
- máscara que à vista estendes,
produto de engenharia metódica,
labirinto que a tudo devora,
alheamento que a atenção desmente, -
mágicos por um par de horas,
o resto da vida doente.
sábado, 7 de junho de 2014
Validade
Hoje, quase vinte e nove.
Vinte e nove e os trinta atrás da porta.
No espelho, um rosto de desgosto.
Os cabelos caem pelo corpo
A casa em que habito não é minha.
A rua vazia convida
mas a azia desestimula.
O leite vence no dia do meu aniversário.
Vinte e nove e os trinta atrás da porta.
No espelho, um rosto de desgosto.
Os cabelos caem pelo corpo
A casa em que habito não é minha.
A rua vazia convida
mas a azia desestimula.
O leite vence no dia do meu aniversário.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Amarrado
Ó minha casta, e desditosa musa,
Da civilização não estás ao nível;
Com pesar eu to digo, -- nada vales
Da civilização não estás ao nível;
Com pesar eu to digo, -- nada vales
Tu hoje és impossível.
(Bernardo Guimarães)
(Bernardo Guimarães)
As musas me contaram,
outro dia, a greve virá.
Chegou o momento de colocar
os poetas em seu devido lugar.
Tive vontade de responder-lhe
que falta não me fará. Mas
como me escapou esse poema:
Oh Musas, não queiram me abandonar!
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