Na mesa de madeira eu esperei o Dom. Primeiro, sentada na cadeira, com uma lágrima caindo: lágrima de saudade ou de fingimento. Lágrimas de atriz, fingidora, de verdade porém. Cansei-me de ficar na cadeira. E de lacrimejar não cansei, porque é engraçado. Subi a mesa. Escalei aquela mesa gigantesca, de madeira, com trabalhos artesanais nas bordas, mesa de oito lugares, ou doze, ou até mais. Não me lembro. Passei na mesa, massageei minhas costas, minha bunda, cada músculo, massageei minha barriga. Sem me tocar. A mesa me massageava, me acariciava. A mesa de maneira onde eu esperava o Dom.
Sentei-me na mesa, cansada da massagem. Relaxada, relapsa, esqueci-me do Dom. Logo, ouvi a porta se abrindo. Mas ela estava realmente se abrindo, se abrindo assim, ela mesma: ninguém entrou. Senti um vento sublime, um som de saxofone, um som de flauta-doce e um som de tilintar de taças. Tim-tim: abri as pernas e deixei o vento me molhar. A porta nunca bateu. O dom nunca chegou. E eu... Eu sei lá. Devo ainda estar na madeira esperando. Tim-tim.
Sentei-me na mesa, cansada da massagem. Relaxada, relapsa, esqueci-me do Dom. Logo, ouvi a porta se abrindo. Mas ela estava realmente se abrindo, se abrindo assim, ela mesma: ninguém entrou. Senti um vento sublime, um som de saxofone, um som de flauta-doce e um som de tilintar de taças. Tim-tim: abri as pernas e deixei o vento me molhar. A porta nunca bateu. O dom nunca chegou. E eu... Eu sei lá. Devo ainda estar na madeira esperando. Tim-tim.