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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Confissões




Há tempos eu sabia contar
palavras, amores, vida
Contava as peças de montar
que faltam a um suicida.

Há tempos eu sabia viver
O relógio não me prendia
Hoje já nem  posso ver
A corda que antes estendia

4 comentários:

Fernando Cordeiro disse...

muito bom!

Fernando Cordeiro disse...

A primeira parte, principalmente, com a imagem do quebra-cabeça é estupenda...
A segunda, nos dois primeiros versos, se a entendi, tem a ver com ocupação, com trabalho (em excesso)..., contudo, os dois últimos versos vão num caminho diverso em que a referência à corda retoma a idéia do suicida... me perdi hehehehe

Letícia Tomazella disse...

Adorei!!!

Guilherme Mariano disse...

Acho que a idéia da corda pra mim está ligada ao fio das fiandeiras do destino. Do laço da alma mística, uma alegoria da vida. Portanto, creio ser poética, a imagem do enforcado, que se mata com uma linha em nó fechado.