Guarda de todas as casas,
de imponderável gentileza
não liga pra um "com licença",
– surda como uma mesa –
– e talvez da mesma raça –
parada como uma lesma
– de altivez melancólica –
vossas ordens não desacata,
mas trata com indulgência
não reage, não ataca.
A questão poderia ser
“Trouxeste a chave?”.
Mas: reta, explicita,
não tem humor para
metalinguagens.
Dura como pedra,
de material mais suave,
trabalhada. Triste é sempre
encontrá-la fechada.
Uma dor intransponível.
O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
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domingo, 5 de julho de 2009
Noturno IV
Os olhos pesam oceanos,
súbito entumecimento enregela
pensamentos, aos poucos
pequenas lascas de sonhos.
Cabelos negros, pele amarrota,
esfiapados vestidos, voz surda
atordoa: Está na hora.
súbito entumecimento enregela
pensamentos, aos poucos
pequenas lascas de sonhos.
Cabelos negros, pele amarrota,
esfiapados vestidos, voz surda
atordoa: Está na hora.
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