Um sipó violáceo-escarlate
num laço simpático ostenta
as rugas que surgiram no plástico
e as flores que o sustentam.
- No plástico não há dor
não há quem se perca
Viadutos que o sipó aguenta
Tentados pelas flores correntes
No limbo, seu divã, o diabo
reluz, seiscentos e sessenta
mil espelhos dourados
a virtude afugentam e aprisionam
As flores serpentes carregam
o plástico destilando simpatia.
O laço do carrasco de um sábado
põe a cara da cor que refletia.
O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
Pesquisar este blog
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
noir nº7
das pontas dos dedos
a fumaça saia qual
fonte enluarada
da mais sublime neblina
da boca escancarada
rajadas cinza desfilavam
qual trem de madrugada
sem pio nem cortesia
as almas enevoadas
essa artificialidade
que saia nenhuma advinha
advinho, eu, maravilhas
Encantamento soturno
maior que o tiro na noite.
De dia apuro, continuo
procurando o açoite
da verdade que se esconde
entre cachos dourados
pernas veladas, vista
embaraçadas, com cheiro de morte
a fumaça saia qual
fonte enluarada
da mais sublime neblina
da boca escancarada
rajadas cinza desfilavam
qual trem de madrugada
sem pio nem cortesia
as almas enevoadas
essa artificialidade
que saia nenhuma advinha
advinho, eu, maravilhas
Encantamento soturno
maior que o tiro na noite.
De dia apuro, continuo
procurando o açoite
da verdade que se esconde
entre cachos dourados
pernas veladas, vista
embaraçadas, com cheiro de morte
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Blasé
Cruella Cruel persegue seus cães
sem se lembrar de vestir suas peles
apenas pela vista ocre
e pela ânsia acre
em sua garganta augusta.
sem se lembrar de vestir suas peles
apenas pela vista ocre
e pela ânsia acre
em sua garganta augusta.
Assinar:
Postagens (Atom)