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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

noir nº7

das pontas dos dedos
a fumaça saia qual
fonte enluarada
da mais sublime neblina

da boca escancarada
rajadas cinza desfilavam
qual trem de madrugada
sem pio nem cortesia

as almas enevoadas
essa artificialidade
que saia nenhuma advinha
advinho, eu, maravilhas

Encantamento soturno
maior que o tiro na noite.
De dia apuro, continuo
procurando o açoite

da verdade que se esconde
entre cachos dourados
pernas veladas, vista
embaraçadas, com cheiro de morte

Um comentário:

Guilherme Mariano disse...

Muito BOM!!!

Cara, clima, ritmo e conteúdo são completamente noir. Paguei pau.