O asfalto toma conta de meu mundo
rodas, defuntos, refugo
passam e repassam em seu duro
chão cuja seiva é óleo diesel.
O sangue enegrecido e corrosivo
a boca carcomida pelo tempo
umedecem com o vermelho entumescido.
Um beijo na alvorada do Desejo
O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
Pesquisar este blog
quinta-feira, 29 de maio de 2014
domingo, 18 de maio de 2014
Ruína
A tua ausência só te faz mais presente
a lembrança, atiça e atordoa,
como ruína persiste, insolente e voa
mancando com as asas dormentes.
A reminiscência (tola) de esperanças doente
fantasia angustiosos prazeres à toa
porque amor convalescente com mágoa
e saudades finca raízes, embora mais doa.
Com unhas e dentes agora cravada
essa ave a alma avidamente lacera,
o corpo devora, paixão malcriada
Fantasmagoria que transcende à esfera,
escombro de uma felicidade passada,
ainda assim, talvez melindrada, prospera.
a lembrança, atiça e atordoa,
como ruína persiste, insolente e voa
mancando com as asas dormentes.
A reminiscência (tola) de esperanças doente
fantasia angustiosos prazeres à toa
porque amor convalescente com mágoa
e saudades finca raízes, embora mais doa.
Com unhas e dentes agora cravada
essa ave a alma avidamente lacera,
o corpo devora, paixão malcriada
Fantasmagoria que transcende à esfera,
escombro de uma felicidade passada,
ainda assim, talvez melindrada, prospera.
Assinar:
Postagens (Atom)