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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Primaveríl

O asfalto toma conta de meu mundo
rodas, defuntos, refugo
passam e repassam em seu duro
chão cuja seiva é óleo diesel.

O sangue enegrecido e corrosivo
a boca carcomida pelo tempo
umedecem com o vermelho entumescido.
Um beijo na alvorada do Desejo

2 comentários:

Fernando Cordeiro disse...

agora, sim...

Fernando Cordeiro disse...

esse retoma o seu caráter mais virulento - que eu sempre gosto, com exceção daquele poema da maçã ;)
as imagens me parecem bem compostas, talvez um pouco argumentativa demais nos dois últimos versos da primeira estrofe...
a última estrofe (mesmo com cor) é bacana
Abração, Gui