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sábado, 8 de dezembro de 2007

Exercício n° 1

Assalta a porta, de mansinho, se insinua.
Areia molhada escorrendo. Escorrendo por dentre os dedos.
Estaca. Mesmo em casa conhecida há sangue.
Com sua arte (plástica) repele o movimento.

O movimento alheio cessa, agora é todo teu.
Percebe, má intenção, se eriça e camufla.
Devagarinho reassume a antiga pose.
Mostra garras, dentes, vida e sorte.
Arisco, mete-se entre as pernas
desgostas o inventário
e some.

Pára, apura olhos, ouvidos - não é o trem -
e gosto. Ronrona de leve, roça
de leve, sem pressa, tem fome.

2 comentários:

Guilherme Mariano disse...

Estranhamento é a palavra de ordem. Ele é um poema bem hermético fer, talvez depois de algumas leituras eu decifre mais, mas estou me sentindo burro perto do teu texto. De certa forma em primeira leitura, há um certo jogo de sim e não, uma certa sedução (não no sentido sexual), ou mais uma indecisão. É para mim se for isso?

Fernando Cordeiro disse...

não senhor...
eu só escrevi um que dedico pra vc - e pra mim - (já há algum tempo), portanto, não tem nada a ver com o contexto que vc está pensando... mas é uma possibilidade.. hehehe