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domingo, 17 de fevereiro de 2008

desatam-se pós (do teu café)

Seu café não se perdeu não, está é demais quente
Juro, seu café espuma, a língua que queima sacode
delícia de espuma na boca, no fogo no bigode
Hoje só sobrou uma colher de pó de café.

Se se põe mais água fervente
O café com a espuma, na xícara
Torna-a cheia, xícara quente
Xícara branca, pó de café: pós de café.

O metabolismo se acelera: vem, vem!
Vem, vem, vem: acelero, acelero, ainda te espero.
Com mais calma, admito, mas é café que quero
Te quero numa xícara branquinha, pequena e barata.

O pó de café, pós de louças em migalhas
Colho e recolho o retalho da xícara e os pós, e os pós
desconsertáveis, desconcertados, és atroz
És Philip Glass: pananã, pananã, desatam-se nós, desatam-se nós.

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

O que é o pananã? Eu gostei do poema, volta sua obssessão? Mas eu gostei, ele é forte, a cafeína que acelera o metabolismo e a metáfora, o desatamento dos nós, eua choq ue você tem um talento muito bom pra imagens Lê =D

Unknown disse...

Ai, Gui, q delícia de comentário! Vc alegrou meu dia... huahua serio mesmo! Obrigada... Esse poema parece q ainda precisa de um acabamento.. Mas q bom q gostou!
Fiquei um tempo sem acesso a internet (tava em Sampa na correria), mas agora volto às pampas no nosso Terminal! Arrase em seus poemas, como sempre, tá?! bjocas saudosas

Unknown disse...

ah, o pananã é o som de uma música do phillip glass