O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
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domingo, 5 de julho de 2009
Noturno IV
Os olhos pesam oceanos, súbito entumecimento enregela pensamentos, aos poucos pequenas lascas de sonhos. Cabelos negros, pele amarrota, esfiapados vestidos, voz surda atordoa: Está na hora.
Gostei do marasmo que você cria, e de como o momento se prolonga na descrição do estupor sonolento. A imagem dos olhos pesarem como oceanos, é interessante na medida em que provoca uma visão ao mesmo tempo em que é pesada, profunda e contrária ao que seria seco, ela não é seca, ela é água, mas pesada como a profundeza titânica do oceano (que é um titã, ele mesmo). E como o oceano ela cria a idéia da movimentação do mar, ondula na rítmica criação, um vai e vem do súbito entumencimento, que quebra-se no aos poucos, que intensifica o marasmo em pequenas, e enleva em cabelos, até que uma onda quebra e termina, e acorda o poema, o eu lírico, o leitor. Está na hora. De que? Não importa, acabou.
Gostei, falei um monte de baboseiras, mas eu gostei bastante.
Um comentário:
Gostei do marasmo que você cria, e de como o momento se prolonga na descrição do estupor sonolento. A imagem dos olhos pesarem como oceanos, é interessante na medida em que provoca uma visão ao mesmo tempo em que é pesada, profunda e contrária ao que seria seco, ela não é seca, ela é água, mas pesada como a profundeza titânica do oceano (que é um titã, ele mesmo).
E como o oceano ela cria a idéia da movimentação do mar, ondula na rítmica criação, um vai e vem do súbito entumencimento, que quebra-se no aos poucos, que intensifica o marasmo em pequenas, e enleva em cabelos, até que uma onda quebra e termina, e acorda o poema, o eu lírico, o leitor. Está na hora. De que? Não importa, acabou.
Gostei, falei um monte de baboseiras, mas eu gostei bastante.
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