Um sipó violáceo-escarlate
num laço simpático ostenta
as rugas que surgiram no plástico
e as flores que o sustentam.
- No plástico não há dor
não há quem se perca
Viadutos que o sipó aguenta
Tentados pelas flores correntes
No limbo, seu divã, o diabo
reluz, seiscentos e sessenta
mil espelhos dourados
a virtude afugentam e aprisionam
As flores serpentes carregam
o plástico destilando simpatia.
O laço do carrasco de um sábado
põe a cara da cor que refletia.
Um comentário:
Gostei bastante. A relação do plástico com as flores e o sipó que ao invés de sustentar é sustentado é bem bacana. E há algo que ainda não peguei nos últimos versos, mas que me deixaram enbasbacado.
Postar um comentário