O terminal, local de encontro espontâneo em meio ao fluxo do desencontro cotidiano na confluência do trânsito caótico moderno. É neste local onde nasce o olhar inesperado da mente, onde os questionamentos surgem em meio a uma espera funesta. Aqui, no terminal da poesia, nos encontramos.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
VI VIDA
Vi vida
no enquanto do caminho
Vi vida
vivida com carinho
Vi vidas
acompanharem o sozinho.
Também vi morte
lá no meio do caminho
Vi morte
lá vivida em burburinhos
E vi mortes,
de vidas, revividas.
Em cada vida,
vi mais vida nos olhinhos.
Em toda vida,
me vi vinda dos caminhos.
E vivi a vida
vendo mortes acolhidas.
E vivi a vida
vendo vidas redimidas.
Vivi as vidas
que me foram concedidas.
Vidas, vi vidas!
Vividas em cantigas.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Cinema Mudo, em preto e branco.
De silêncio em silêncio faço festa
Rock’n’roll mudo nossa transa
É no branco da página meu verso
Essa coisa vazia que sangra
Insana de mudez você clama
Grita sem som de ódio e dor
E eu calado e sisudo não respondo
Mas guardo fechado meu rancor.
Os fatos são repletos de silêncio
E a vergonha do silêncio nos assusta
Pois na calada da noite escura
Só o silêncio guarda nossa cama
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Deslumbramentos e zombies
Milady, é perigoso contemplá-la,
sim, eu sei, estás embaraçada
nos mecanismos e no lamaçal
que me chafurdo e me sustento
mas não desta vez, mas não
com essa severidade, essa selva
que não o quer ser, não de verdade
altiva, quer impor respeito.
Ah! Como me estonteia
e me fascina...
E é, na graça distinta
do seu porte
muito mais digna, talvez, de que a morte
e filha pródiga do silêncio
As trombetas, pudicas, já soaram
o recolher despertou os caminhantes
Enfim prossiga
altiva a Fama,
como antes, pois nada lhe adverte a sorte
Mas cuidado, milady,
não se afoite,
Que hão de acabar os
bárbaros reais,
e comeriam os dois e ainda mais,
os novos, já passeiam pela noite.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Osmose.
O mundo ao meu redor explode
cinza e vermelho
um quadro de Pollock
E as pessoas se assustam
quando meu coração absorve o negro das palavras
quando o fel escorre dos vapores de meu ser
quando escrevo meu próprio quadro em vermelho.
cinza e vermelho
um quadro de Pollock
E as pessoas se assustam
quando meu coração absorve o negro das palavras
quando o fel escorre dos vapores de meu ser
quando escrevo meu próprio quadro em vermelho.
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