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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cinema Mudo, em preto e branco.





De silêncio em silêncio faço festa
Rock’n’roll mudo nossa transa
É no branco da página meu verso
Essa coisa vazia que sangra

Insana de mudez você clama
Grita sem som de ódio e dor
E eu calado e sisudo não respondo
Mas guardo fechado meu rancor.

Os fatos são repletos de silêncio
E a vergonha do silêncio nos assusta
Pois na calada da noite escura
Só o silêncio guarda nossa cama


4 comentários:

Fernando Cordeiro disse...

ritmo bem simpático... tem alguma coisa que achei estranha, ainda não descobri o que é... quando descobrir comento de novo :)

Guilherme Mariano disse...

A Ana não gostou da segunda estrofe.

Fernando Cordeiro disse...

achei que o problema tá nos 2 últimos versos da primeira e no fim... da segunda estrofe eu gostei :)

Fernando Cordeiro disse...

relendo, agora, achei que o que tinha visto como "estranho" antes, ajuda no charme do poema....
a impressão que fica é de uma angústia, uma violência (um recalque? não sei bem se é o termo...) que é difícil assimilar, mas que é permeado por uma espécie de sinceridade (ou fingimento de sinceridade) dilacerada que é aguda, dolorida...
Acho que ele está em sintonia com "O homem que explodia o Congresso" que, talvez, seja das coisas mais bacanas que você escreveu recentemente...