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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Sina



I

Assim a escrever sou forçado.
Solitário na sala sentimento
Sussurro o som descompassado
Do meu sonoro batimento.


II

Escrevo o escrito traçado
Nas estrelas, céu pensamento,
Silvo de meu ser antepassado
Preso a Sereia d'amor ciumento.


2 comentários:

Fernando Cordeiro disse...

Gui, só agora leio com tempo... Muito legal esse "escrever é preciso, viver não é preciso" hehehe... O último verso é antológico...

Fernando Cordeiro disse...

Voltei a esse que é um dos que mais gosto. Ele é, de certo modo, o prenúncio do seu "estilística fônica" que se coloca como uma espécie de expressão de um amor/ódio quanto ao uso (e creio que que quanto à leitura que muitos fazem) do componente sonoro no texto literário, aqui prevalece o amor, muito bem executadas as sibilantes. Mas, como não poderia ser diferente, ele vai muito além da simples aliteração ou seja lá que nome tenha.