Mostra-me tua face pálida
Que mata a memória antiga
Presente na vida esquálida,
Enrustida velha cantiga.
Sabe-se. O passado foi
O velho vento que tarda.
O futuro rumina o boi
Pro presente que aguarda.
Não mais se atina
para a pura paródia,
A semente vespertina
Memória doutro dia.
Presente na vida esquálida,
Enrustida velha cantiga.
Sabe-se. O passado foi
O velho vento que tarda.
O futuro rumina o boi
Pro presente que aguarda.
Não mais se atina
para a pura paródia,
A semente vespertina
Memória doutro dia.
Um comentário:
esse traz um aspecto interessante e que permeia seus poemas. Por um lado há uma erudição, principalmente no primeiro ver, que as vezes é até exagerada (acho que não nesse). Por outro traz imagens didamos pueris, menos ostentatórias (essa palavra existe??). Nesse poema isso nos apresenta um interessante embate.
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