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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

KEEP COOLER

Os frisos do vinho.
Tinto frisante de mesa, de carro,
errantes os teus frisos
Do cabelo, hoje escarro.

Hoje barro, hoje cinza, hoje frisos
de saudade, é ela quem me mata.
No carro, outrora, teu friso me arrebata
O vinho era eterno: frisava.

Frisando, te amei (sem saber)
Hoje sei – sem te amar, sem poder...
No carro te amei, te soube, te bebi.
Você e o vinho, frisante poesia que senti.

(Que sinto, mas que finjo
não saber, não amar, e tinjo
teu cabelo com os frisos do vinho
tinto de mesa, de carro: de você, meu ninho.)

Não quis seu peito, meu escarro
foi pra você, eu, bêbada de vinho
tinto de mesa, de libido, de carro.
Tinto de escarro era meu amor. Louco.

Louca sou eu, de saudade dos frisos
do vinho, do teu cabelo em nó cego.
Enrolo a língua no vinho, e te nego
Vinho tinto em cabelos frisantes.

(hoje escarro, barro
cinza tinta, vinho seco
de mesa, hoje vinho.
Hoje escarro, sem carro, hoje amor, hoje nada.)

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

e viva a máscara quase desmascarada!!! "(Que sinto, mas que finjo/ não saber, não amar[...])" "Frisando, te amei (sem saber)/ Hoje sei - sem te amar, sem poder..."