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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Passageiro

I

No terminal aguardo
A Minha vida passar.
Passa um ônibus fardo
Vai-se outro de pesar.

II

Espero a chegada d'alegria,
Porém para o carro razão
De ferro frio a lataria
Cinza, escuro, sem ilusão.

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

Impressão:
Novamente, como num outro que li mais a frente, há essa passividade do sujeito que incomoda, que dá o tom de sua agonia, um eu que, de certo modo, acerta as contas, racionaliza, a sua vida em constante confronto com a sua consciência.
Gui, você tá se dando bem com as cores... faz um uso muito foda delas. Um feicho de ouro.
de novo há uma tensão entre a primeira e a segunda parte, que se situa num âmbito razão x consciência/sentimento