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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Se

Ah! Se eu fosse um guerreiro
Da poderosa elite romana.
Eu a arrancaria de um mosteiro
E a arrastaria para minha cama.

Se não fosse eu um poeta,
Pobre e mísero romântico,
sem uma fé pra ser profeta,
sem uma balada ou cântico.

Se não perdesse tudo.
Se eu não tivesse medo,
talvez de ficar mudo,
talvez de morrer cedo.

Se tudo não me mudasse,
Se nada existir pudesse,
Eu teria toda a classe,
se o se não me tivesse.

2 comentários:

Fernando Cordeiro disse...

Gui,
este, com certeza, é um dos seus melhores. Eu ainda não o tinha lido com a devida atenção. Muito bom cara. Nele estão latentes algumas de suas idéias mais obsessivas (pelo menos no que já li seu) e, agora, o tom é diferente dos outros que tinha lido. Saímos de uma espécie de "tom grandiloquente" e entramos a um mais despojado que, creio, dá uma força maior à essa peça.

Manu. disse...

"Se" - milagre do mundo.
Sem ele a vida seria insuportavelmente monótona. Com ele tudo pode ser, mesmo sem ter sido. E disse o poeta "-E se?"; e tudo fez sentido.